sábado, 30 de maio de 2015

Para sempre, Alice






Minha mãe foi diagnosticada com o mal de Alzheimer e a causa mortis dela, aos 80 anos, foi  decorrentes dos problemas adivindos da doença.
Lembro que, durante dois anos, ela foi diagnosticada com depressão e tomou remédio para tal. Até que chegamos num geriatra que identificou os sintomas e bateu o martelo. O que a gente chamava de senilidade, ele nomeou como Alzheimer.
Foi um caminho longo, e minha mãe, que era ativa, independente e desenrolada, de repente,  esquecia as palavras e coisas, fazia movimentos repetitivos, se perdia dentro de casa. No final, não tinha controle do esfíncter, não comia sozinha, não tomava banho sozinha, não podia ficar um minuto desacompanhada.
Minha irmã caçula foi incansável no cuidado com ela, tentando fazer as coisas ficarem o mais próximo possível da normalidade, para ela. No final, ela ainda teve um AVC leve, que deixou como sequela uma falha na deglutição. Então, tudo passou a ser líquido e pastoso, com ajuda de um canudinho.
Lembro, que logo após o diagnóstico ter sido emitido, em alguns momentos de lucidez, ela nos olhava e perguntava: “Minha filha, eu vou ficar boa???”
A gente nunca atinou em como as coisas aconteceram e em como a cabeça dela funcionava.
Agora, lendo  “Para sempre, Alice”, muitas fichas caem, muitas coisas se explicam e a gente tem a sensação plena e total de como é, um cérebro indo embora,literalmente se desmanchando, num corpo são.
A sensação maior da Alice é de solidão e é aí que o livro toca, quando a gente entende (ou não) como é enfrentar a doença. Tem uma hora no livro em que ela até cogita que seria melhor se tivesse câncer, pq assim teria um inimigo concreto para combater.
Fiquei pensando como seria se fosse comigo, hoje, agora, sabendo que a cada dia, estaria perdendo mais e mais a compreensão e que iria chegar uma hora em que a pessoa iria “apagar” de vez, impedindo-a de fazer as atividades mais simples e as mais prazerosas.
 Triste, difícil, complicado. Angustiante.
As palavras que Alice usa na palestra plenária de abertura, na Conferencia Anual de Atendimento à Demência, em Março de 2005, em Boston, USA, são de uma emoção e singularidade, coisas que só podem vir de quem está efetivamente sofrendo com a devastação.
Recomendo, fortemente, a leitura e recomendo, mais  fortemente ainda, a carta que, no meu livro da Editora Nova Fronteira pode ser encontrada nas páginas 238,239 e 240.
Já li 3 vezes, já chorei 3 vezes e tenho em mim a certeza, que chorarei sempre que a ler.
Um livro que me deixou marcas.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Desafio Cést Magnifique !!


O Desafio do site Cést Magnifique tinha como regra, seguir o sketch abaixo.

Num papel MME eu passei gesso acrílico e pintei com giz a óleo.
Fiz um buraco no papel, onde entrou uma foto nossa do último Natal que foi comemorado na casa da Yo, lá em Novembro de 2014.
A Débora tirou essa foto com o famoso "pau do selfie"...
Uma gaze, aplique de resina Prima, flores TEC, um aplique de gaiola da Momento Divertido pintado com gesso e giz a óleo, duas cores.
O título coloquei assim tortinho pq achei mais charmoso.
É isso aí.
Alguns chatons marrons aleatórios e um adesivo emborrachado acima da foto.


domingo, 24 de maio de 2015

Comemorando a vida...

Próxima semana, é o niver de uma amiga de longas datas, que fazia tempo que não ganhava presente de scrap. Aí, aproveitei essa foto bacana das mulheres da família dela, no Dia das Mães, pra fazer um projetinho charmoso, com técnicas mixed media, muito gesso, giz pastel óleo, tintas e carimbos.
Resolvi participar do Desafio Zarza com esse projeto, cuja regra era usar o Mood Board aí de baixo e 3 peças Zarza.

Da Zarza, temos a máscara de estrelas, o carimbinho de coração, e mais dois recortes de mdf abaixo da foto, uma moldura retângulo tipo PL e uma tag meio rococó, por cima. Dentro da tag, um carimbo Goodies coberto com cola relevo transparente.
E flores Prima, que não necessitem de explicação nem justificativa

Mais de pertinho....


Eu queria homenagear essa família linda, cheia de mulheres guerreiras e batalhadoras, que tais e quais, as Marias do Milton, "possuem a estranha mania de ter fé na vida.".
É isso aí.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A vida é boa !!!




Ser mãe de meninos é uma tarefa árdua. No caso dos meus netos Miguel e Henrique a diferença de idades é de 1 ano e 8 meses.Ou seja, agora, o Miguel está com 3 anos e 8 meses e o Henrique está com 2 anos.
Idade legal e engraçada cheia de descobertas nossas e deles com eles dois. No dito popular, “o primeiro filho é de vidro, o segundo é de plástico e o terceiro é de ferro...” :)  Isso fica bem patente pra mim, pois coisas que o Miguel só fez bem mais tarde, o Henrique já está fazendo. Primeiro pq a preocupação da mãe é diferente e segundo, e bem mais importante, tem o exemplo do irmão mais velho pra seguir. Tudo o que o Miguel faz, ele quer fazer, tudo o que Miguel fala , ele repete, é super engraçado.
E nas brincadeiras não ia ser diferente. Eles passam o dia tendo ideias. Aí, essas fotos, tiradas em momentos bem diferentes atestam a capacidade criativa da dupla.
Eu adoro essa em que eles estão deitados de braços cruzados. Isso é uma brincadeira com o “TiGui”, que coloca os dois no chão, cruza as pernas e os braços atrás da cabeça, e diz “ninguém se mexe!”. É só o Gui virar que eles se mexem, às gargalhadas, já esperando que  o Guilherme vai fazer cócegas nas barrigas.
Aproveitei e fiz uma montagem com elas para usar no sketch bacana da Camila Borsoi aí embaixo (ô cabecinha boa pra gerar sketch), usei papeis em tons de azul, com várias camadas de tapete, alguns carimbos, uns splashes de tinta amarela, e no título, esse canvas carimbado que veio no Kiss Life is Good, que fazia um tempão eu queria usar, em cima de doillie. Tem recorte de máquina fotográfica de um papel da Goodies e alguns pedaços de washi tape de papel.
Pq, é isso mesmo, “a vida é boa demais da conta”, e pra esses meus dois lindos, nem se fala.

Desafio do Scrap entre Amigas, com o sketch  da Camila Borsoi

Amo demais.