terça-feira, 3 de setembro de 2013

Febre de Bola I e Febre de Bola II

Esse foi meu livro de Agosto, com o qual eu me decepcionei... Basta ler em Febre de Bola I, mas o meu parceiro de leitura com quem eu divido a leitura (simultânea), com quem converso, debato e discuto, tb fez uma resenha. Quer dizer, resenha é modo e dizer, pq  o que ele queria mesmo era falar daquele timinho pelo qual torce. E ficou me atentando para eu postar aqui. Como eu estou de férias, de bom humor, quis facilitar a vida dele. Nada como a gente ajudar um cristão a fazer uma vontade né ?? Então taí, a resenha do outro...



"Acabei de ler "Febre de Bola" (Nick Hornby, torcedor fanático do Arsenal). O livro não me surpreendeu, assim como não surpreendeu minha parceira de leitura, dona deste blog.
Como torcedor e por causa deste livro, me senti capaz de escrever um pouco sobre o que eu sinto ao ver meu clube do coração jogar. Ao bem da verdade não sou um desses torcedores fanáticos que dão a mesma importância para todos os jogos (mesmo que eles não tenham importância nenhuma). Eu não me importo se o meu time perde uma partida pro lanterna do campeonato desde que isto não afete a nossa posição na tabela de classificação. E eu não falo de mantermos a posição atual no ranking e sim de mantermos a possibilidade do título em evidência. Os clássicos nós não podemos perder. De jeito nenhum! Perder um clássico não passa nem por longe da cabeça de um torcedor que se preze.
Não vou explicar aqui, não neste texto, os motivos que colocaram este clube no meu coração, até porque, filosoficamente falando, eu já nasci corinthiano. Nenhum corinthiano se torna corinthiano. Eles são feitos assim e pronto (alguns só descobrem mais tarde). Sorte a deles! (ou não).
O "ou não" aí de cima faz todo o sentido se você pensa na quantidade de corinthianos que viveram os 23 anos de jejum findos em 1977. Meu pai, certamente, sofrera um bocado. Imaginem o clube de vocês passando 23 anos sem um título sequer. É difícil de acreditar que conseguíssemos sobreviver a tanto tempo sem ganhar nada. Mas nós não só sobrevivemos como ganhamos o adjetivo de "Fiel" que foi imediatamente anexado a "Torcida" e sem dúvida posso afirmar que nenhum clube tem uma torcida mais fiel que a nossa. Qualquer estatística que se faça e que envolva torcida de futebol vai evidenciar a nossa. Que o diga o Maracanã, o Morumbi, o Pacaembu e o Japão.
Comecei a acompanhar futebol nos anos 80, conheci a democracia corinthiana e vi uma época dourada começar a partir dos anos 90.
Lembro-me da ansiedade causada pelos "mata-mata" dos campeonatos daquela década. Domingo a tarde era um dia diferente. Quando o jogo estava difícil o meu desejo era uma falta perto da área pro "pé de anjo" converter em gol. Depois de um tempo, dada à eficiência dos chutes do rapaz, uma falta em qualquer lugar do campo estava de bom tamanho. Certa vez, num campeonato paulista, contra o Palmeiras, o então goleiro Velloso achou que uma cobrança do meio de campo não seria capaz de lhe causar perigo e abdicou do direito à barreira. Ninguém acreditaria que o Marcelinho iria acertar um balaço daqueles. Até hoje, quando me lembro de como as coisas aconteceram, sinto orgulho e um pouco de piedade do goleiro adversário (Mentira!).
Aquelas tardes de decisão sempre estarão aquecidas na minha memória. Assim como nunca vou esquecer a felicidade de ter visto o nosso primeiro título da libertadores (neste dia choraram os corinthianos e os "do contra"). Penso nos torcedores que partiram antes de ter tido este prazer (o Dr.Socrátes é um dos que mais me vem à mente). E ao passo em que a elaboração deste texto chega ao fim, estou inteiramente pensando em como será nossa próxima partida, no campo de um adversário difícil, e em como seria genial se nós ganhássemos com um placar esticado de modo que todos os outros times começassem a ter certeza (como sempre acontece) que este título, de novo, será nosso...

Só tenho uma coisa a dizer: a estrada é longa and "the game is not over".....
Inté...

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